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Este blogue nasceu no âmbito da disciplina Metodologia Didáctica Geral e Especifíca do Curso de Complementos de Formação Cientifica e Pedagogica para Educadores de Infância e visa fundamentalmente reflectir e partilhar ideias..."educativas" que contribuam para crescermos como profissionais para que todos juntos possamos educar "pequenos craques" não para o futebol, mas para a vida!























terça-feira, 5 de outubro de 2010

O menino selvagem



O filme “ O menino selvagem” relata-nos a história verídica de um menino que fora abandonado numa floresta do Sul de França onde permaneceu durante alguns anos da sua infância privado da sua espécie. Ao ser encontrado, quando tinha já 11 ou doze anos foi levado para uma Instituição de surdos-mudos em Paris onde foi considerado um retardado: incapaz de falar, comunicar ou interagir em sociedade, usava os sentidos na ordem inversa (o olfacto mais desenvolvido), rejeitava roupas, e também o uso de camas, dormindo no chão sem colchão. Locomovia-se apoiado nas mãos e nos pés, correndo como animais quadrúpedes. Esta criança despertou então grande interesse no médico Dr. Itard, que pretendia estudar o processo de integração daquele menino que por tantos anos teria vivido como um selvagem. Levou-o para sua casa e iniciou um processo obstinado e incansável na tentativa de promover o seu desenvolvimento físico, social e intelectual e de o integrar na sociedade. O desenvolvimento do menino foi lento e trabalhoso contudo, com muito esforço, tanto por parte de Victor (nome que lhe foi atribuído) como do Dr. Itard e da Mme. Guérin (sua ama), o menino consegue por fim cumprir hábitos sociais e desenvolver a afectividade facilitando assim a sua aprendizagem.

Segundo Itard, “o indivíduo, privado das faculdades características da sua espécie, arrasta miseravelmente, sem inteligência nem afeições, uma vida precária e reduzida às funções de animalidade”.”. Ora, a história do menino selvagem de Aveyron, que viveu em condições de isolamento social, como um animal selvagem, mostra que o ser humano é um animal social por excelência. A sua vida só adquire sentido na relação com outros seres humanos.
A qualidade e a intensidade dos contactos afectivos que um adulto oferece, satisfazendo as necessidades físicas e psicológicas da criança, interferem no percurso do desenvolvimento infantil e na complexa construção da sua personalidade. Foi esta oportunidade de contactar com os afectos que Victor não obteve e que se reflectiu no seu desenvolvimento físico, social e emocional ulterior condicionando a sua educação, porque é na infância que as crianças têm maior facilidade na aprendizagem, na socialização e interiorização de valores e de comportamentos.

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